quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Vaticano define Igreja Católica como única religião de Cristo

VALQUIRIA REY
da BBC, de Roma
O Vaticano publicou nesta terça-feira documento afirmando que a Igreja Católica é, sempre foi e será a única igreja de Cristo.
Com o título "Repostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja", o texto da Santa Sé procura esclarecer o que considera como "interpretações desviantes e em descontinuidade com a doutrina católica tradicional sobre a natureza da igreja", que ocorreram depois da publicação do documento Lumem Gentium ("A luz das nações"), do Concílio Vaticano 2º (1962-1965), dizendo que a única igreja de Cristo "subsiste" na Igreja Católica.
"Cristo constituiu sobre a terra uma única Igreja e instituiu-a como grupo visível e comunidade espiritual, que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá", diz o texto. "Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele."
A nova publicação assinada pela Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por promover e tutelar a doutrina da fé e a moral no mundo católico, diz que "com a palavra 'subsistir' o Concílio queria exprimir a singularidade e não a multiplicabilidade da Igreja de Cristo: a Igreja existe como único sujeito na realidade histórica".
"Contrariamente a tantas interpretações sem fundamento, não significa que a Igreja Católica abandone a convicção de ser a única verdadeira Igreja de Cristo, mas simplesmente significa uma maior abertura à particular exigência do ecumenismo de reconhecer o caráter e dimensão realmente eclesiais das comunidades cristãs não em plena comunhão com a Igreja Católica", diz o documento.
Leonardo Boff
O tema já foi desmentido em inúmeras ocasiões pelos papas que comandaram o Vaticano antes de Bento 16. Entre elas, em 1973, com a declaração Mysterium Ecclesiae de Paulo 6º e, em 2000, com a Dominus Iesus, aprovada por João Paulo 2º.
No texto publicado nesta terça-feira pelo Vaticano é lembrada também a notificação de 1985 da Congregação para a Doutrina da Fé sobre os escritos do teólogo Leonardo Boff, segundo o qual a única Igreja de Cristo "pode também subsistir noutras igrejas cristãs".
Naquela ocasião, a Congregação puniu o brasileiro pelo que considerou um equívoco e disse que o Concílio adotou a palavra subsiste, precisamente para esclarecer que existe uma só "subsistência" da verdadeira Igreja.
Críticas e mal-estar
Outras considerações importantes do documento devem gerar novos protestos das outras igrejas cristãs, como ocorreram anteriormente, principalmente a afirmação de que somente a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação e de que, fora dela, existem apenas "comunidades eclesiais".
"Embora estas claras afirmações tenham criado mal-estar nas comunidades interessadas e também no campo católico, não se vê, por outro lado, como se possa atribuir a essas comunidades o título de Igreja, uma vez que não aceitam o conceito teológico de Igreja no sentido católico e faltam-lhes elementos considerados eclesiais pela Igreja Católica", diz o texto.
Segundo o vaticanista Andrea Tornielli, o objetivo da nova declaração é combater o que o papa Bento 16 considera como "relativismo eclesiológico", segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não têm mais que uma parte desta verdade.
A divulgação do documento ocorre três dias depois de o papa Bento 16 ter assinado decreto que dá mais liberdade para os sacerdotes celebrarem missas em latim, uma concessão aos tradicionalistas.
Em uma carta aos bispos de todo o mundo, no último sábado, o pontífice rejeitou as críticas de que sua atitude poderia dividir os católicos.
No entanto, o documento gerou mal-estar e, segundo especialistas, poderá ameaçar também o diálogo entre cristãos e judeus.
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Ano da Fé: Vaticano divulga Carta Apostólica de Bento XVI

Leonardo Meira
Da Redação


Arquivo
''A porta da fé está sempre aberta para nós'', escreve o Papa na Carta Apostólica
O Vaticano divulgou a Carta Apostólica com a qual o PapaBento XVI proclama o Ano da Fé. O documento, intitulado Porta Fidei - A porta da Fé, foi assinado pelo Pontífice em 11 de outubro, mas foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 17.

"A PORTA DA FÉ, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma", indica o Santo Padre no início do texto.

"Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo", salienta.

Acesse.: NA ÍNTEGRA: Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI

O Ano da Fé iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II , e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. "Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n'Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo", explicou o Papa durante a Missa de encerramento do Encontro Novos Evangelizadores para a Nova Evangelização, que presidiu neste domingo, 16, na Basílica Vaticana.

Bento XVI salienta que atravessar a porta da fé é embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. "Este caminho tem início com o Batismo, pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna", indica.

De fato, desde o início de seu ministério 
como Sucessor de Pedro, o atual Pontífice sublinha a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos", adverte na Porta Fidei.


Ano da Fé

Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. Já o Servo de Deus Papa Paulo VI, em 1967, proclamou um ano semelhante, para celebrar o 19º centenário do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.

"Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, 'não perdem o seu valor nem a sua beleza'. [...] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: 'Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja'", escreve Bento XVI na Carta Apostólica divulgada nesta segunda-feira.

Em 11 de Outubro de 2012, além dos 50 anos da convocação do Vaticano II, também se completarão 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo Beato Papa João Paulo II . Conforme Bento XVI, este Ano deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo a sua síntese sistemática e orgânica.

"Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. [...] Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar", revela.

Da mesma forma, será decisivo repassar a história da fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. O Ano da Fé também será uma ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade. "A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. [...] Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. [...] À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça", escreve.

Arquivo
Bento XVI: "O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele"
O Bispo de Roma convida também seus Irmãos Bispos de todo o mundo a comemorar o dom precioso da fé. "Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessara fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia. [...] Esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano".


Desafios

O Papa analisa que nos dias atuais, mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm de uma mentalidade que  reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. "Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade", ensina.

Da mesma forma, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. "O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este 'estar com Ele' introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita".

A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: "de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou", adverte.

Por fim, Bento XVI lembra que Jesus Cristo, em todo o tempo, convoca a Igreja, confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo.

"Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar.[...] Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus".

PRODE
Projeto Diocesano de Evangelização
LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JUNHO DE 2012¹

Chave de Leitura – Lc 17, 11-19


Animador:  Dentro das celebrações dos 40 anos da nossa diocese e preparando-nos para vivenciar o Ano da Fè, vamos dar início a uma nova etapa da Leitura Orante. Durante os nossos encontros, quando após uma citação, aparecer a sigla CIC, saberemos que estamos diante de um ensinamento do CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Rezaremos com a Palavra de Deus e ela nos guiará  nos caminhos da fé. E a Igreja, de quem recebemos a fé nos instruirá sobre a retidão e a vivência desta fé.

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador: Preparemo-nos para esta Leitura Orante.
                  (Invocação ao Espírito Santo cantada ou rezada)

Animador: Ter fé não é simplesmente um compreender com a nossa inteligência. É algo bem concreto:  A fé é resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. A fé é adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o assentimento livre a toda verdade que Deus revelou. A fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. É justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso por a  fé em uma criatura. (CIC 26.150)

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador: Quando digo “eu creio” estou fazendo um ato verdadeiramente humano, pois é um ato da inteligência. Contudo, só posso dizer “eu creio”, de verdade, pela força da graça do Espírito Santo. Santo Tomás de Aquino nos ensina: “Crer é um ato da inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça.” (cf. CIC 153.154.155) Como é importante termos o nosso coração e a nossa inteligência abertos à graça de Deus para vivermos o dom da fé.

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador: Deus nos concede muitas graças, mas nem sempre correspondemos à sua graça (= ter fé). Muitas vezes a nossa inteligência e o nosso coração não estão abertos ao dom de Deus, não compreendemos a profundidade do significado dos acontecimentos em nossa vida pessoal e no mundo.
A Palavra de Deus desta Leitura Orante nos fala de um ato de fé, “eu creio”. Estejamos atentos para não confundir o “simples” acreditar (dar crédito) com um ato de fé.

1. Proclamação da Palavra Lc 17,11-19 (todos em pé)
2. 10 minutos para ler e reler individualmente na Bíblia, notando sempre o que mais lhe tocou (sentados)
3. Proclamação novamente da Palavra  Lc 17,11-19 (todos em pé)
4. Partilha (sentados) O que mais me tocou neste trecho do Evangelho, por quê? Como a partir desta Palavra vejo a minha vida de fé como RESPOSTA a Deus que me dá sua Graça?
5. Proclamação novamente da Palavra  Lc 17,11-19 (todos em pé)
6. Sentados: 5 minutos de oração silenciosa
7. Preces espontâneas
8. Canto
9. Ao menos 3 minutos em silêncio para que cada um possa assumir um compromisso concreto - no silêncio do seu coração - com aquilo que Deus lhe pede hoje através desta Palavra.

Animador: “Para viver, crescer e perseverar até o fim na fé, devemos alimentá-la com a Palavra de Deus; devemos implorar ao Senhor que a aumente; ela deve agir pela caridade (pois a fé sem obras é morta), ser carregada pela esperança e estar enraizada na Igreja.” (CIC 162)

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador: Recolhamos todos os nossos pedidos, louvores e propósitos deste encontro, na oração que o Senhor nos ensinou: Pai Nosso...

Animador: Saudemo-nos uns aos outros no amor de Cristo.

Canto final


PRODE
Projeto Diocesano de Evangelização
LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JUNHO DE 2011²

CHAVE DE LEITURA: 1Cor 15,1-14

Canto Inicial

Animador: Ter fé não é simplesmente um compreender com a nossa inteligência. É algo bem concreto:  A fé é resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. A fé é adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente , o assentimento livre a toda verdade que Deus revelou. A fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. É justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso por a  fé em uma criatura. (CIC 26.150)

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador: Quando digo “eu creio” estou fazendo um ato verdadeiramente humano, pois é um ato da inteligência. Contudo, só posso dizer “eu creio”, de verdade, pela força da graça do Espírito Santo. Santo Tomás de Aquino nos ensina: “Crer é um ato da inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça.” (cf. CIC 153.154.155) Como é importante termos o nosso coração e a nossa inteligência abertos à graça de Deus para vivermos o dom da fé.

Todos: “Sei em quem acreditei, Sua graça me ajudará a perseverar até o fim.” (Cf. 2Tm1,12)

Animador:  “Ninguém pode crer sozinho, assim como ninguém pode viver sozinho. Ninguém deu a fé a si mesmo, assim como  ninguém deu a vida a si mesmo. O crente recebeu a fé de outros, deve transmiti-la a outros. Cada crente é como um elo na grande corrente dos crentes. Não posso crer sem ser carregado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo para carregar a fé dos outros..” (CIC 166)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: Não deve existir para o cristão a frase: “eu creio, mas creio do meu jeito.” “É por meio da Igreja que recebemos a fé e a vida nova no Cristo pelo Batismo. A salvação vem exclusivamente de Deus, mas, por recebermos a vida de fé por meio da Igreja, esta última é nossa mãe. Por ser nossa mãe, a Igreja é também a educadora da nossa fé.” (CIC 168.169) “Ninguém pode ter a Deus por Pai, que não tenha a Igreja por mãe” (S. Cipriano, bispo)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: “Para viver, crescer e perseverar até o fim na fé, devemos alimentá-la com a Palavra de Deus; devemos implorar ao Senhor que a aumente; ela deve agir pela caridade (pois a fé sem obras é morta), ser carregada pela esperança e estar enraizada na Igreja.” (CIC 162)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: A comunidade de Corinto estava querendo crer e viver a fé do “seu jeito”. Estava desaparecendo a fé que tinha sido recebida pela pregação da Igreja, através do apóstolo Paulo. O ponto central - o Cristo ressuscitado - estava sendo negado. Sem a acolhida desta verdade, tudo desmorona. Que a Palavra de Deus desta Leitura Orante nos ilumine a respeito do anúncio que da Igreja recebemos e nos faça compreender se estamos nos desviando da retidão da fé. Não existe somente o “eu creio”, mas ele sempre existe juntamente com o “nós cremos”. Este “nós” se refere à fé que da Igreja recebemos e que queremos sinceramente professar.

1.        Proclamação da Palavra 1Cor 15,1-14 (todos em pé)
2.        10 minutos para ler e reler individualmente na Bíblia, notando sempre o que mais lhe tocou (sentados)
3.        Proclamação novamente da Palavra 1 Cor 15,1-14 (todos em pé)
4.        Partilha (sentados). Cada um, com muita simplicidade, diga o que Deus está lhe dizendo com esta Palavra. Se tiver coragem, diga também quais as coisas que a Igreja ensina e que tem dificuldade para acreditar.
5.        Proclamação novamente da Palavra 1Cor 15,1-14  (todos em pé)
6.        5 minutos de oração silenciosa (quem quiser pode repetir o versículo (mentalmente): “Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.”
7.        Preces espontâneas (lembremos de rezar por aquelas pessoas que têm dificuldade de abraçar a fé cristã)
8.        Canto ( que fale da ressurreição de Cristo)
9.        Ao menos 3 minutos em silêncio para que cada um possa assumir um compromisso concreto - no silêncio do seu coração - com aquilo que Deus lhe pede hoje através desta Palavra.

Animador: Há séculos, mediante tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar sua única fé, recebida de um só Senhor, transmitida por um único batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm um só Deus e Pai.” (CIC 172)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: “Não cremos em fórmulas, mas nas realidades que elas expressam e que a fé nos permite ‘tocar’. Temos acesso a essas realidades com o auxílio das formulações da fé Estas permitem expressar e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assisti-la e vive-la cada vez mais.” (CIC 170) Uma fórmula importantíssima na Tradição da Igreja é o Símbolo da Fé, que nós comumente chamamos de “Creio”. Recitemos juntos:

 Todos: “Eu creio, nós cremos!”
              Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra...

Animador: Recolhamos todos os nossos pedidos, louvores e propósitos deste encontro, na oração que o Senhor nos ensinou: Pai Nosso...

Animador: Saudemo-nos uns aos outros no amor de Cristo.

Canto final

Tudo muito interessante!
o que é a fé para nós catequistas?
Sua fé é de seu jeito,ou é a fé, recebida no seu batismo°



PRODE
Projeto Diocesano de Evangelização
LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2012¹

1Cor 2,6-13
Canto Inicial (em pé)

(sentados)

Animador: Ainda neste encontro, antes de entrarmos nos artigos da profissão de fé, vamos refletir sobre a importância dos Símbolos da Fé. Há séculos, mediante tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar sua única fé, recebida de um só Senhor, transmitida por um único batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm um só Deus e Pai.” (CIC 172)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: “Não cremos em fórmulas, mas nas realidades que elas expressam e que a fé nos permite ‘tocar’. Temos acesso a essas realidades com o auxílio das formulações da fé Estas permitem expressar e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assisti-la e vive-la cada vez mais.” (CIC 170)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: “Quem diz “creio” diz ‘dou minha adesão àquilo que nós cremos. A comunhão na fé precisa de uma linguagem comum da fé. Desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu e transmitiu sua própria fé em fórmulas breves e normativas para todos. Estas fórmulas breves chamam-se “profissões de fé”, pois resumem a fé que os cristãos. (CIC 185-187)

Todos: Chamam-se também “Credo” e “símbolos da fé”

Animador: O Símbolo, Credo ou Profissão de fé está dividido em três partes. A primeira fala do Pai e sua obra criadora. A segunda fala do Filho e da obra da Redenção. A terceira fala do Espírito Santo, fonte e princípio de nossa santificação. Estas três partes do Credo são o nosso selo batismal, a nossa identificação cristã.

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: “Estas três partes são distintas, embora interligadas. São compostas por artigos. Com acerto e razão, se deu o nome de artigos às verdades em que devemos crer especificamente e de forma distinta. Segundo uma antiga tradição, também se costuma contar doze artigos no Credo, simbolizando com o número dos apóstolos o conjunto da fé apostólica.(CIC 191)

Todos: “Eu creio, nós cremos!”

Animador: A Palavra de Deus da Leitura Orante de hoje nos falará desta fé que recebemos dos apóstolos. Isso ouviremos através de um trecho da 1ª. carta de São Paulo aos Coríntios. Os ensinamentos do Credo são um dom de Deus, não são obra de sabedoria humana. Quem acolhe esta sabedoria de Deus, acolhe a plena revelação do amor de Deus manifestada em Jesus Cristo. Fiquemos em pé e façamos nossa invocação ao Espírito Santo, para que experimentemos esta Sabedoria que nos foi revelada.

·         Invocação ao Espírito Santo

1. Proclamação da Palavra 1Cor 2,6-13 (todos em pé)
2. 10 minutos para ler e reler individualmente na Bíblia, notando sempre o que mais lhe tocou (sentados)
3. Proclamação novamente da Palavra 1 Cor 2,6-13(todos em pé)
4. Partilha (sentados). Cada um, com muita simplicidade, diga o que Deus está lhe dizendo com esta Palavra. Quem quiser pode até dizer o que não está entendendo, mas ninguém tente explicar algo a alguém, pois não estamos num momento de explicação catequética.
5. Proclamação novamente da Palavra 1Cor 2, 6-13 (todos em pé)
6. 5 minutos de oração silenciosa (quem quiser pode repetir o versículo (mentalmente): “Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.”

Animador: Hoje, ao invés das orações espontâneas, como é costume, vamos acolher algumas informações e ensinamentos sobre o Símbolo da Fé. Dentre todos os Símbolos da Fé que foram elaborados ao longo da história da Igreja, dois são os mais conhecidos e importantes. Quais são?

Todos:  símbolo apostólico e o símbolo niceno-constantinopolitano.

Animador: “O Símbolo dos Apóstolos, assim  chamado por ser, com razão, considerado o resumo fiel da fé dos apóstolos. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma, aquela onde Pedro, o primeiro apóstolo, teve a sua Sé e para onde trouxe a comum expressão da fé.(CIC 194)

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma”                       

Animador:  “O Símbolo niceno-constantinopolitano tem sua grande autoridade no  fato de ter surgido dos dois primeiros concílios Ecumênicos”: o Concílio de Nicéia, em 325 e o Concílio de Constantinopla, em 381. “Ainda hoje ele é comum em todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente. (CIC 195)

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma.”

Animador: Vamos agora meditar e aprender com os ensinamentos de S. Cirilo de Jerusalém, que viveu no Século IV e é um dos  Santos Padres da Igreja. Trata-se de um texto onde ele entrega o Credo aos que se preparam para o batismo. Que sintamos que as suas palavras são dirigidas a nós que recebemos da Igreja esta fé.

Leitor 1: “Abraça, cuidadoso, unicamente a fé que agora a Igreja te entrega para aprendê-la e confessá-la, protegida pelos muros de toda a Escritura. Colocamos nos poucos versículos do Símbolo todo o dogma da nossa fé.”

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma

Leitor 2: “Exorto-te a tê-lo como viático durante a vida inteira e não admitir nenhum outro mais. Ouves neste momento apenas simples palavras, mas guarda na memória o símbolo da fé. Não foi a bel prazer dos homens que este resumo foi composto, mas selecionados dentre toda a  Escritura, os tópicos mais importantes perfazem e abraçam a única doutrina da fé.”

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma.”

Animador: “Da forma como a semente de mostarda num pequenino grão contém muitos ramos, assim este símbolo em poucas palavras encerra como num seio materno o conhecimento de toda a religião contida no Antigo e no Novo Testamento.”

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma.”

Animador: “A fé é depositar no banco o dinheiro que vos confiamos. Mas Deus vos pedirá contas do depósito. Peço-vos, assim diz o Apóstolo, diante de Deus, que tudo vivifica, e de Cristo Jesus, que deu seu belo testemunho diante de Pôncio Pilatos, que conserveis imaculada esta fé entregue a vós, até que apareça nosso Senhor Jesus Cristo.”

Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma.”

Animador: No Credo está  sintetizada a fé que recebemos da Igreja. Vamos recitar agora o Símbolo dos Apóstolos:
Todos: Creio em Deus Pai, todo-poderoso......

·  Canto escolhido pela equipe de preparação da Liturgia Orante
·  Oração do Pai-Nosso
·   Abraço da paz
·   Canto final


PRODE
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LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS - LECTIO DIVINA - JULHO DE 2012²

Animador: Irmãos e irmãs, bem-vindos a mais um encontro de Leitura Orante.  Hoje vamos começar a meditar e a celebrar os artigos do Credo. O primeiro artigo do Credo Apostólico é: “Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra.” Hoje vamos somente meditar e celebrar o “Creio em Deus”. Cantemos dando início ao nosso encontro.
(Canto inicial)
(sentados)
Animador: “Creio em Deus”: esta primeira afirmação da profissão de fé é também a mais fundamental. Os artigos do Credo dependem todo deste primeiro.Os demais artigos nos fazem conhecer melhor a Deus tal como se revelou progressivamente aos homens. Os fiéis fazem primeiro profissão de crer em Deus.’ (CIC 199)
Todos: O Credo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente, o tesouro da nossa alma.”

Animador: Cremos num só Deus. “A confissão da unicidade de Deus tem sua raiz na Revelação Divina da Antiga Aliança.A fé cristã confessa que há Um só Deus, por natureza, por substância e por essência.(CIC 200)

Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: “Jesus mesmo confirma que Deus é o único Senhor e que é preciso amá-lo de todo o coração, com toda a alma, com todo o espírito e com todas as forças. Ao mesmo tempo dá a entender que ele mesmo é o SENHOR. Confessar que JESUS É SENHOR é o específico da fé cristã. Isso NÃO contraria a fé em Deus único. Crer no Espírito Santo que é Senhor e dá a Vida não introduz nenhuma divisão no Deus único.” (CIC 202)

Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: “Cremos firmemente e afirmamos que há um só verdadeiro Deus eterno, imenso e imutável,incompreensível, todo-poderoso e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo: Três Pessoas, mas uma Essência.” (CIC 202)

Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: A Palavra de Deus da Leitura Orante de hoje é do Antigo Testamento. O que precisamos ter presente em nossas mentes  é que o que sabemos de Deus, não o sabemos porque pessoas estudaram para descobrir, mas por que DEUS SE REVELOU. Progressivamente, desde o Antigo Testamento, Deus vai se revelando até chegar à plenitude da Revelação que é Jesus Cristo. A Palavra que vamos meditar e celebrar hoje nos falará de um Deus que revela o seu nome, o seu ser a Moisés. Para ouvir esta Palavra vamos nos colocar no lugar de Moisés e sintamos que Deus também está se revelando a nós. Deixemos que a sua revelação ilumine a nossa vida. Agora, em pé, vamos invocar o Espírito Santo para que nossas mentes e corações sejam iluminados por esta Palavra.
·         Invocação ao Espírito Santo
·         Proclamação da Palavra Ex 3,1-15 (todos em pé)
·         10 minutos para ler e reler individualmente na Bíblia, notando sempre o que mais lhe tocou (sentados)
·         Proclamação novamente da Palavra Ex 3,1-15 (todos em pé)
·         Partilha (sentados). Cada um, com muita simplicidade, diga o que Deus está lhe dizendo com esta Palavra.
·         Proclamação novamente da Palavra Ex 3,1-15 (todos em pé)
·         5 minutos de oração silenciosa (quem quiser pode repetir o versículo (mentalmente): “Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.”
·   Preces espontâneas (lembremos de rezar por aquelas pessoas que têm dificuldade de abraçar a fé cristã)
·         Canto (escolhido pela equipe de preparação da Leitura Orante)
·          
Animador: A seu povo, Israel, Deus revelou-se, dando-lhe a conhecer o seu nome. O nome exprime a essência, a identidade da pessoa e o sentido de sua vida. Desvendar o próprio nome é dar-se a conhecer aos outros; é de certo modo entregar-se a si mesmo, tornando-se acessível, capaz de ser conhecido mais intimamente e de ser chamado pessoalmente.” (CIC 203)
Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: Deus revelou seu nome misterioso: JAVÉ, “Eu sou Aquele que é”ou “Eu Sou Aquele que SOU ou também “Eu sou quem sou”. “Este nome divino é misterioso como Deus é mistério. Ele é ao mesmo tempo um nome revelado e como que a recusa de um nome,e é por isso mesmo que exprime da melhor forma a realidade de Deus como ele é, infinitamente acima de tudo que podemos compreender ou dizer. Ele é o Deus que se faz próximo dos homens. (CIC 206)
Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: “Ao revelar seu nome, Deus, revela ao mesmo tempo sua fidelidade, que é de sempre e para sempre, válida tanto para o passado como para o futuro. Revela-se como o Deus que está sempre presente junto a seu povo para salva-lo.” (CIC 207)

Todos: “Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.”

Animador: “O Senhor é UM, UM  é o Senhor.” Como já vimos o Credo é profissão de fé na Santíssima Trindade. Isso é um mistério que nos foi REVELADO. O Deus da nossa fé, não é simplesmente o arquiteto do universo, que organizou o mundo e o deixou para que o homem governasse com sua inteligência. Ele é o Deus-Amor que revelou-se plenamente em Jesus Cristo, como perfeita comunhão na Unidade da Trindade. Vamos mergulhar mais uma vez na Tradição da Igreja com Santo Atanásio, bispo de Alexandria, que viveu no século IV e é também um dos Santos Padres da Igreja.

Todos: Sede bendita, ó Trindade indivisível, agora e sempre eternamente pelos séulos, vós que criais e governais todas as coisas.

Leitor 1: “Não devemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os Santos Padres transmitiram. De fato,a Tradição constitui o alicerce da Igreja, e todo aquele que dela se afasta deixa de ser cristão e não merece mais usar este nome.”

Todos:  Eu Creio, nós cremos. Ajudai-nos, ó Senhor, ó Deus Uno todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

Leitor 2: “Ora, a nossa fé é esta: cremos na Trindade Santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura: mas toda ela é potência e força operativa; uma só e a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação.

Todos: O Pai é amor, o Filho é graça, o Espírito Santo é comum união: Ó Trindade feliz!

Leitor 1: “O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas.

Todos:  Sede bendita, ó Santíssima Trindade e indivisa Unidade, nós vos louvamos, pois foi grande para nós vosso amor e compaixão.

Leitor 2: “Reina sobre tudo  como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.” Repitamos três vezes:

Todos: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio agora e sempre. Amém
Animador: Recitemos o Credo, nossa profissão de fé.

Todos: Creio em Deus Pai, todo-poderoso...

Animador: Rezemos com amor e confiança a oração do Senhor: Pai-Nosso....
·         Abraço da paz
·         Canto final


Todos podemos ser santos!
santidade dom de Deus dado a seus servos amados!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Qual a diferença entre a Bíblia católica e a protestante?


A diferença entre a Bíblia católica e a protestante

Entenda por que a Bíblia dos protestantes tem menos livros

Demoraram alguns séculos para que a Igreja Católica chegasse à forma final da Bíblia, com os 72 livros como temos hoje. Em vários Concílios, ao longo da história, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo 16,12-13) estudou e definiu o Índice (cânon) da Bíblia; uma vez que nenhum de seus livros traz o seu Índice. Foi a Igreja Católica quem berçou a Bíblia. Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8; CIC,120). Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).

Em que ordem ler a Bíblia :: Como fazer o diário espiritual :: Padre Jonas ensina: método de "ruminação" da Palavra de Deus Por que a Bíblia católica é diferente da protestante? Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. A razão disso vem de longe. No ano 100 da era cristã, os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os judeus não aceitaram. Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte: (1) Deveria ter sido escrito na Terra Santa; (2) Escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego; (3) Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.); (4) Sem contradição com a Torá ou lei de Moisés. Esses critérios eram puramente nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia em 537aC.

Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados anteriomente. Mas a Igreja católica, desde os Apóstolos, usou a Bíblia completa. Em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma influente colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 sábios judeus, rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta, que a Igreja Católica sempre seguiu. Essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram. Havia, dessa forma, no início do Cristianismo, duas Bíblias judaicas: a da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando inspirados (canônicos) os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento, utilizaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico.

O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passaram para o uso dos cristãos. Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos Apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15. Nos séculos II a IV, houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Mas a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros.

Após a Reforma Protestante, Lutero e seus seguidores rejeitaram os sete livros já citados. É importante saber também que muitos outros livros, que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute. Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes. Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não.

Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e de Macabeus II; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus. Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo. Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha. No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel.

Lutero, quando estava preso em Wittenberg, ao traduzir a Bíblia do latim para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia. Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8). Se negarmos o valor indispensável da Igreja Católica e de sua Sagrada Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia.

Note que os seguidores de Lutero não acrescentaram nenhum livro na Bíblia, o que mostra que aceitaram o discernimento da Igreja Católica desde o primeiro século ao definir o Índice da Bíblia. É interessante notar que o Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.

Fonte:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=4215