domingo, 24 de julho de 2011

O que significa catequista mistagogo?
Postado por Catequese Caminhando domingo, 4 de julho de 2010

Esse texto retiramos do blog da querida Imaculada.
http://imaculadacintra.blogspot.com/

A Iniciação Cristã nos apresenta algumas expressões, que não entendemos ainda, porque não conhecemos. Na medida que escutamos, lemos sobre o assunto, vamos nos familirializando com certas palavras. Uma delas é: "Precisamos de catequistas mistagogos". Aí, você pensa: "Ih, to fora!". Ficamos com medo, mas na verdade nem sabemos do que temos medo. Recebi da Rosangela esse material do padre Lima, deixo aqui pra você ler e aos poucos ir colocando no coração.

Mistagogia é um termo grego que significa “conduzir ao mistério”. Assim, ocatequista mistagogo é um instrumento que facilita o encontro dos seus catequizandos com o mistério divino.

Cabe explicitar que este “mistério” não é um segredo inatingível. O Novo Testamento define “mistério” como o desígnio divino oculto em Deus desde todos os séculos (Ef 3,9), agora revelado em Jesus Cristo (Cl 1,26-27). Portanto, ser conduzido ao mistério é encontrar-se com a pessoa de Jesus Cristo, acolhendo o desígnio do Pai na força do Espírito Santo. A experiência cristã, portanto, não é um sentimentalismo vazio, nem um mero aprendizado teórico, mas a experiência viva que leva o fiel a aderir ao Reino de Deus, o projeto do Pai, assumindo a dinâmica renovadora da Páscoa: o mistério de morte e ressurreição (Rm 6,8-11; Fl 3,10-11).
Caminhos mistagógicos
O catequista mistagogo é aquele que se encontrou com o Senhor, assumiu o seu projeto em sua prática de vida e deseja, por um ímpeto interno, anunciar a experiência realizada (1Cor 9,16). Portanto, não basta mudar os métodos, se não tivermos catequistas que transmitam a verdadeira experiência de encontro com Cristo.

Três são os caminhos que contribuem para uma catequese mistagógica:

a) Oração. A catequese deve ser “permeada por um clima de oração” (DGC 85). O encontro catequético não deve se parecer com uma aula ou palestra, mas deve ser um espaço aberto para o diálogo com Deus. Qualquer conteúdo exposto deve ser interiorizado pela prece, sobretudo valorizando-se a espontaneidade e a criatividade.

b) Liturgia. Segundo o Concílio Vaticano II, toda a atividade da Igreja tem suas forças arraigadas na Liturgia. A catequese deve conduzir à vivência litúrgica, pois esta sintetiza a experiência cristã. Sobretudo aqui, destaca-se o uso de símbolos e gestos litúrgicos, pois estes afetam áreas do ser humano que o conteúdo racional não alcança. Uma catequese mais celebrativa e orante traz a força do significado dos ritos para dentro da catequese. Em nossa arquidiocese incentivamos o uso do Itinerário Celebrativo como componente essencial do itinerário catequético.
c) Palavra. Tanto a tradição da Igreja como as Escrituras são fonte da Palavra de Deus. Sobretudo, destaca-se a Bíblia, “livro por excelência da catequese”, como fonte primordial da atividade catequética. Ainda carecemos de uma catequese mais bíblica, do uso frequente da Escritura nos encontros, de uma intimidade maior no uso da Bíblia por parte do povo católico. Os documentos da Igreja têm insistido sobre a prática da leitura orante, como um caminho eficaz para o uso da Escritura na pastoral.



(*) Pe. Roberto Nentwig
(*) Coordenador da Comissão da Animação Bíblico-Catequétic

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